domingo, 11 de março de 2012

Professores do Vale do Ivaí estão longe do piso

Consulta da Tribuna junto a prefeituras da região mostra que educadores de apenas cinco municípios recebem remuneração igual ou acima do novo teto mínimo nacional

Antoniele Luciano - da Tribuna do Norte - Diário do Paraná

Credito:  Delair Garcia, da Tribuna do Norte - Diário do Paraná

Professores enfrentam dificuldades, sobretudo, financeiras para exercer o Magistério na região. De acordo com um levantamento da Tribuna do Norte, educadores que atuam nas redes municipais de ensino de apenas cinco dos 26 municípios do Vale do Ivaí recebem igual ou acima da remuneração mínima anunciada pelo Ministério da Educação (MEC) para 2012. Os vencimentos da categoria, em início de carreira, só ultrapassam R$ 725,50 para uma jornada de 20 horas semanais em Lunardelli, Lidianópolis, Novo Itacolomi, Marilândia do Sul e Apucarana. Para 40 horas, o piso determinado pelo MEC no País é de R$ 1.451, 22% maior que o anterior.

Nos demais municípios da região, os salários dos professores ainda estão abaixo do piso nacional, seja para jornadas de 20 ou 40 horas semanais. Em algumas cidades, como Cruzmaltina, Bom Sucesso, Arapuã, Rosário do Ivaí, São João do Ivaí, Grandes Rios, São Pedro do Ivaí, Rio Branco do Ivaí e Rio Bom, os vencimentos para quem começa a dar aulas na rede municipal, com habilitação em Magistério, não vão além de R$ 622, o valor do salário mínimo. Os municípios que ainda não reajustaram os salários dos professores conforme o novo piso deverão pagar as diferenças retroativas, desde janeiro deste ano.

Quem atua na Educação avalia que o salário pago aos docentes ainda poderia ser melhor. “Toda a vida o professor foi muito desvalorizado. O Brasil demorou para tomar esta atitude, aumentar o piso”, define a professora Ivoneti Ambrósio Expedito, que exerce o Magistério há 23 anos, em Novo Itacolomi.

Para a secretária Municipal de Educação de Novo Itacolomi, Romilda Valente, a necessidade de uma remuneração melhor para os docentes se justifica pela intensidade do trabalho que precisam desenvolver nas escolas. “O professor precisa ganhar mais porque faz papel de pai, mãe, indo além de sua função pedagógica”, assinala.

Com a Lei do Piso Nacional, no entanto, as prefeituras da região tiveram que começar a rever as suas contas para se adequar ao estabelecido pelo MEC. Segundo o presidente da Associação dos Municípios do Vale do Ivaí (Amuvi), o prefeito de Lidianópolis, Marcos Eusébio Dias Sobreira (PMDB), o novo piso salarial deve ser cumprido por todos os municípios da região neste ano, ainda que com dificuldades. A previsão, no entanto, é que a situação financeira das prefeituras seja agravada em 2013.

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