quinta-feira, 1 de março de 2012

"MEC não tem culpa de o Brasil ser tão grande", diz Mercadante

Ministro afirmou em audiência que, para fazer Enem, são necessárias 400 mil pessoas

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O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, saiu em defesa do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), programa que é alvo de críticas por causa das irregularidades ocorridas nos últimos anos. Ele participou, nesta quarta-feira (29), de audiência na Comissão de Educação e Cultura do Senado.
- O MEC não tem culpa de o Brasil ser tão grande e tão diverso.
Mercadante afirmou que, para tocar o programa, é necessário um "desafio logístico". O ministro citou que, para realizar a prova para os 5,4 milhões de inscritos de 2011, são necessárias 400 mil pessoas trabalhando e a utilização de 140 mil salas de aula. Tudo isso tem que ser feito, frisou ele, "em absoluto sigilo". O ministro destacou que o programa tem dado a oportunidade de estudantes pobres estudarem em universidades de ponta.

Ele disse que, no momento, o ministério está trabalhando em conjunto com 24 universidades em tempo real para aumentar o acervo do seu banco de dados. Na edição do ano passado, o ministério teve que cancelar as provas de alunos de uma escola em Fortaleza (CE) depois de eles terem tido acesso a questões do teste. O aumento do acervo é uma medida que poderia evitar futuras fraudes.
- Quanto mais questões tivermos, maior será a segurança.
Na terça-feira (28), o Inep afirmou que a nota final da redação do Enem poderá ser corrigida por três professores a partir deste ano. Hoje, o resultado final da prova passa por apenas uma pessoa, quando há diferença de 300 pontos ou mais entre as notas dadas pelos dois primeiros corretores.
O órgão também estuda a possibilidade de reduzir a margem de diferença de pontos para que a redação seja revista pela banca.
Problemas
Na edição de 2011, o Enem foi colocado em xeque depois de um erro cometido na correção da redação de um aluno.
O estudante de São Paulo conseguiu, após entrar com um pedido na Justiça, ter a nota da redação alterada de “anulada” para 800 pontos, em uma escala que vai até mil, o que colocou em dúvida o sistema de correção do exame.
Essa havia sido a primeira vez que uma nota do Enem foi alterada. Depois disso, estudantes de outros Estados como Rio de Janeiro, Ceará e Minas Gerais também entraram na Justiça para pedir a revisão de suas provas. Depois dos casos, o MEC (Ministério da Educação) afirmou ter alterado a nota de 129 candidatos em função de "erro material".

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